Tipos de Conexão de Rede Para Internet

Internet a toda hora e em qualquer lugar. Em casa, no trabalho, no carro, a todo instante mais e mais pessoas se tornam dependentes de conectividade baseada em IP (protocolo de internet). Algumas pessoas costumam me perguntar sobre as tecnologias disponíveis no mercado, o que exatamente cada operadora vende, como cada serviço funciona e, por isso, achei interessante reunir algumas informações sobre infra estrutura, sem muito jargão técnico para que o leitor/usuário possa conhecer um pouco mais das tecnologias de conectividade com a rede mundial.

Para facilitar a compreensão, tome por base que o termo “última milha” ou “milha final” é a internet que o cliente da operadora está utilizando enquanto o termo “Backbone”  é a rede “fechada” da operadora ou prestadora de serviço que permite a interligação de cidades/estados/países/continentes.

Vamos aos tipos e tecnologias de conexão:

Modem Telefone

Internet Discada: Modem Telefônico. Interno ou Externo, dava para ouvir ou barulho de telefone analógico discando… OK, uma tecnologia (para a finalidade de conectividade com a internet) praticamente extinta dos grandes centros. Foi precursora de muita coisa na rede que temos nos dias de hoje. O modem transforma o par metálico da rede de telefonia em um “cabo de rede” ligando o computador ao data center central da operadora onde existe “a outra ponta” do modem que sincroniza-se para prover rede.

Modem USB 3G – Vivo

3G: Tecnologia de terceira geração, se tornou mais acessível (em termos de custos) nesses últimos 2 anos e seu grande diferencial reside na mobilidade aliada a alta disponibilidade. A prestação do serviço fica por conta das operadoras de telefonia celular que, por meio de um mini modem  (um espécie de pen drive)  com um Chip SIM (Subscriber Identity Module) provê inter conectividade entre os dispositivos (mini modem) e as torres de telefonia celular. Na torre, há a interligação com o backbone seguindo para a rede mundial de computadores.

4G: Conhecida como “sucessora” das redes 3G mesmo não havendo, ainda, uma padronização de tecnologia. O grande diferencial da rede 4G e a disponibilidade de altas velocidades de conexão (10, 50, 100 Megas) com a mesma mobilidade do 3G. Imagine uma conectividade 4G em um automóvel: Com 50 Megas de conexão, e possível fazer uma conferencia no Skype, utilizar um sistema stand alone de rastreamento do automóvel, assistir a vídeos no Youtube e n outras interações com o veiculo em movimento. A tecnologia já existe mas ainda não está 100% alinhada para difusão comercial.

Wimax (Interoperabilidade Mundial para Acesso de Micro-ondas): Muito comentada e explorada em projetos especiais de convergência IP e de redes publico/privadas, o WiMax promete muito mas, assim como o 4G, vive um momento de definições de padrão tecnológico (“Standartização”). Alguns dizem que o Wimax será o 4G e vice versa… O Fato é que ainda há muita inovação sendo incorporada ao padrão, o IEEE ainda trabalha na sua padronização e, no Brasil, a legislação/Anatel ainda não está pronta 100% para organizar as tecnologia. Por aqui, algumas das frequências reservadas para o padrão WiMax já foram leiloadas no passado e ainda são de propriedade de operadoras Analógicas de TV.

Por se tratar de um padrão que prevê a convergência da rádio frequência em si, o universo de trabalho e de abrangência de dispositivos é muito grande: Algumas empresas vendem como WiMAX um conjunto de rádios como o Limitado Privado + PréWimax + 2.4… Enfim, onde há novidade, há oportunismo. Para não ter erro, volte o foco sempre para QoS e disponibilidade de Banda.

Várias Antenas de Radio

Radio Limitado Privado: Aquele “Tamborzao” branco nas torres de celular. Também conhecido como Minilink (Ericson), Limitado Privado, Fiber Air. É componente, geralmente, dos backbones das operadoras de serviço de telefonia fixa comutada (STFC) ou da última milha de locais com baixa infraestrutura como obras e zonas industriais mais afastadas dos centros.

Kit de Instalação Wireless 2.4

WiFi/Wireless (108.11 bgn): O padrão Wi-Fi ganhou muita popularidade com os Acces Points responsáveis pela conectividade sem fios em pequenos e médios ambientes. Este tipo de tecnologia e amplamente utilizada para provimento de conexão de curto alcance e sem fios (cafés, bares, restaurantes, aeroportos, etc.…). Pode ser facilmente identificado pela logo padronizada.

Caso Tupiniquim – “Radinhos turbinados”: Um padrão com o “jeitinho”  brasileiro. Turbinados: Assim podemos chamar os rádios WiFi de uso residencial e indoor utilizados em outdoor para compartilhamento de conexão. Mesmo sendo um jeitinho, não podemos renega-lo pois a solução é considerada carro chefe de inclusão digital Brasil afora. Pode não ser a melhor, mais estável ou mais segura conexão do mundo mas já tocou a passadas largas um grande desenvolvimento de redes e internet à época do padrão Modem Discado.

Nos 4 cantos do pais, é possível encontrarmos redes de internet baseada no compartilhamento com rádios indoor adaptados para outdoor, valendo até “radinho dentro de pote de sorvete”. OK, esse tópico vale a pena um explicação um pouco melhor porque, realmente, é um fenômeno. Bom, vamos a parte do funcionamento. . Ao invés de utilizar um modem de uma operadora ou provedor, o prestador de serviço (que deve estar devidamente habilitado e em dia com a ANATEL) instala um Kit composto por rádio acces point 2.4 (Wi-Fi), cabo de rede, antena “grade de churrasqueira”, pig tail e outros periféricos. O Kit é instalado na residência ou empresa e a antena apontada para um setor transmissor do prestador de serviço. Com o link estabelecido, o cliente passa a se conectar via Wireless na central e dali sua navegação ganha a saída para internet.

Rádio Proprietário: (Proprietary X Standart) também apelidados de Pré-Wimax. Tenho que confessar que sou fã desses brinquedinhos de padrão proprietário. São um tremendo facilitador da expansão de ultima milha para qualquer tipo de uso – residencial, empresarial e público. Congregado de tecnologias diversas envelopadas em um produto único, é capaz de levar quantidades expressivas de banda a lugares remotos com QoS (Quality of Service). Em locais com baixa infraestrutura (desertos, paises subdesenvolvidos, obras, pedreiras isoladas…) eles reinam: Apenas para exemplificar, em pouco mais de 4 horas é possível levar link dedicado 10Mb + telefonia IP a distancia superiores a 40 Quilômetros, sem muita parafernália técnica, apenas as antenas, os rádios, cabo de rede e ferramentas genéricas de telecom.

Provedores de serviço de comunicação multimidia (SCM) e empresas especializadas em projetos customizados são os que mais exploram a tecnologia que, bem trabalhada é uma ótima opção solução. Os rádios proprietário têm o diferencial de se basearem no conjunto Rádio frequência + Software onde diversos pontos críticos dos rádios baseados em protocolos abertos, como modularização, interferência e tunelamento de redes.

Equipamentos bem populares: Alvarion, Motorola, SkyPilot, Ubiquiti

Limite de Banda: Varia de modelo/fabricante: De 5Mb a 100Mb dependendo da aplicação (Cliente, Transmissor ou BackHaul)

DSL Modem e Computador

DSL ou (a)DSL: Linha Digital Assimétrica para Assinante – O famoso Par metálico. O DSL, haja vista o padrão instalado de telefonia fixa, e o carro chefe da conexão em boa parte dos países do mundo. Por se aproveitar da infra estrutura já existe de cabos telefônicos e por conseguir trabalhar com um numero reduzido de pontos de falha, o DSL se popularizou em escala global.

Seu funcionamento e bastante simples. Um modem instalado dentro da residência e ligado ao fio telefônico que segue para o próximo ponto da rede, o DG (Distribuidor Geral) onde os fios metálicos de cada cliente/modem/residência são jumpeados e tunelados para a central de telefonia e, dali, entram em alguma fibra ótica para alcançar a internet.

No Brasil: GVT – Power, Oi/Telemar – Velox, Telefônica – Speed.

Capilares de Fibra Ótica

Fibra Ótica: Sem dúvidas, o que há de mais “possante” em termos de banda, segurança e estabilidade em redes. A fibra ótica que, segundo a Wikipédia “…é um pedaço de vidro ou de materiais poliméricos com capacidade de transmitir luz”  é o carro chefe da expansão em escala da conectividade global.

No Brasil, os cabos de fibra ótica são utilizado, predominantemente na infra estrutura do Back Bone, para anéis óticos (a interconexão dos centros de operação das operadoras), pontos técnicos (como torres, bastidores de interconexão), na interconexões de locais de alta disponibilidade de link (como prédios comerciais) e em projetos especiais.

A discussão em torno do padrão ótico veio à tona recentemente com a divulgação da rede e infra proposta pela Telebrás (empresa estatal em reestruturação e com objetivos questionáveis) em um projeto de 15 BILHÕES de Reais. O projeto discute o Back Bone mas… Ops. Voltemos ao post.

Em países mais desenvolvidos e com adensamento demográfico (Japão e Coreia por ex), justifica-se um serviço chamado Fiber to the home (Ou fibra à sua casa) onde a fibra ótica deixa o posto de infra estrutura de rede para Back Bone e toma o lugar de Infra Estrutura de rede para última milha criando assim, o fenômeno da banda larga de alta disponibilidade, velocidade e estabilidade nos lares. Nesse modelo, ao invés de um modem na linha telefônica, o usuário tem um conversor de fibra ótica > ethernet. A conta é simples: Por que utilizar tecnologias de última milha se o anel ótico, ao mesmo tempo que interconecta centros de operação, passa na porta das casas das pessoas?

Limite de Banda: Giga Bit – 1 Giga – 1.000.000 Mb

Neste post ficou pendente a explicação do Cable Modem. Farei um exclusivo para ele com uma abordagem conjunta a TV Digital.

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