Corram que os IP’s estão acabando!
O IPv4, padrão atual da Internet, aquele conhecido conjunto de números (como por ex o 192.168.1.200) está realmente chegando ao fim.
Segundo dados do NIC.BR, a IANA, entidade máxima global da distribuição de ranges de IPs, não possui mais do que 2% de blocos livres disponíveis para distribuição aos provedores e empresas e, assim, a previsão é que a internet por IPv4 tenha sua expansão cessada ainda em 2011.
A internet não foi planejada pra ser o que é hoje. Antes de uso restrito, depois de sua abertura para uso comercial, em 1993, iniciou-se uma curva de crescimento que nos últimos anos se tornou surpreendente… Quantos dispositivos IP você tem no seu cotidiano hoje em dia? Pense bem… Notebook com modem 3G, internet em casa e no celular: Este exemplo simples pede, ao menos, 3 IP’s.
Ou seja, a curva de crescimento da internet se acentuou bastante, em função não apenas da expansão da base de usuários como também do número de equipamentos baseados em protocolo IP por usuário.
O IPv4 está se esgotando, é o fim da internet? IPv6 neles!
Calma, não precisamos nos desesperar. Para tudo existe uma solução: Não é o fim da internet.
Uma nova tecnologia, se é que podemos chamar de nova, dado que a mesma está regulamentada desde 1998 , é a solução para escassez de IPs e será o padrão que permitirá mantermos a curva de crescimento atual da rede global de computadores e a internet das coisas: O IPv6. (internet das coisas, leia-se: Geladeira com internet, carro com internet, etc.)
A nova tecnologia permite uma combinação de números/endereço muito maior que no IPv4 (32 bit no IPv4 versus 128 bits no IPv6) o que permitirá que a internet continue em franca expansão sem problemas.
Para se ter uma noção da expansão, segundo dados do NIC.BR, a expectativa é que as operadoras, quando preparadas para prover o acesso via IPv6, entregará a cada cliente/usuário um range de 64 Ip’s. Ou seja, cada usuário teria a possibilidade de possuir 64 IP…. Algo inimaginável nos dias de hoje que vivemos “apenas” com um Smartphone, modem 3g, internet em casa e no trabalho.
A expectativa do NIC.BR é que neste ano os movimentos de migração por parte de provedores, hosts, empresas, se intensifique dada a problemática em questão.