Por que estou trocando o WordPress pelo Ghost?

Dos anos de 2008/10 pra cá a tecnologia evoluiu muito. O Java Script e seus frameworks se transformaram em uma realidade (Node, Angular, Vue…). Isso certamente impactaria a indústria dos CMS’s.

Uso o WordPress há anos. Acho que o primeiro site que coloquei no ar foi em 2008, um blog pessoal onde rapidamente pude notar o poder da ferramenta. De lá pra cá, muitos projetos e sites, de blogs a lojas online integradas com sistemas e ERP’s.

O Ecossistema WordPress é bem interessante. Milhares de plugins, temas desenvolvedores engajados em ajudar/colaborar, diversas ferramentas construtoras visuais… A plataforma te permite colocar sites funcionando em poucos minutos, com um aspecto visual profissional e seu funcionamento é dominado por praticamente qualquer profissional do mercado de publicidade/mkt/digital

Lembro que logo que comecei a comercializar sites pela agência que fundamos costumava ouvir de algumas pessoas: “Pera, você vai fazer um blog pra minha empresa? Porque esse tal de WordPress é coisa pra blog…”. Essa dúvida incerteza era sempre respondida com trabalho e projetos entregues em tempo recorde. Quando a pessoa seguia desconfiada, eu indicava acessar um site chamado www.ehwordpress.com.br que listava uma penca de sites bacanas construidos na ferramenta.

O modelo tradicional de desenvolvimento de um website, em HTML, CSS, JS e algum CMS ou  Framework proprietário taylor-made ou open, em uma agência, consistia em:

  • Levantar requisitos
  • Arquitetura de informação
  • Mockup
  • Layout / Desing
  • Montagem HTML
  • Abastaecimento de conteúdo
  • Programação
  • Abastecimento de conteúdo variável
  • Testes
  • Entrega
  • Gestão mensal do conteúdo na ferramenta, seja pela agência, assessoria de conteúdo/imprensa/social media, seja pelo cliente

Dos 10 passos listados acima, com WordPress, transitamos para 8 passos, sendo que os 2 passos que foram suprimidos, eram aqueles bem trabalhosos e que demandavam profissionais criteriosos e bem capacitados do ponto de vista técnico.

  1. Levantar requisitos
  2. Arquitetura de informação
  3. Mockup
  4. Layout / Design
  5. Compra de Tema
  6. Abastecimento de Conteúdo
  7. Testes
  8. Entrega

O tempo diminuiu, o projeto site, virou processo site, a dependência de um profissional técnico web para entrega do projeto diminuiu, os custos idem, ficava mais rápido e fácil colocar um projeto-site no ar. Surfamos uma onda legal, de desmistificar “projetos-de-site-corporativo”, colocando ideias no ar em tempo recorde, com visual muito apresentável, com custos menores e, o principal, cobrando o mesmo valor de um site feito “na unha”.

Dos anos de 2008/10 pra cá a tecnologia evoluiu muito. O Java Script e seus frameworks se transformaram em uma realidade (Node, Angular, Vue…), ele saiu de client side apenas para ser client e server side, as nuvens ficaram mais baratas e acessíveis sem contar as diversas tecnologias como Docker, microservices, kubernates, lambda, etc…

E o WordPress, parou no tempo…?

Tem um bom tempo que não acompanho o core development do WordPress e mais de perto. Bons recursos e abordagens estão sendo desenvolvidas e implementadas mas, no universo da tecnologia, a miscelânea de ferramentas é grande e a pluralidade é sempre interessante: Não se prender a uma tecnologia mas à filosofia de estar sempre com uma ótima tecnologia. Olhar o horizonte, pesquisar outras soluções, outras arquiteturas, outras plataformas é sempre um bom exercício.

O WordPress? Ele continua lá… Com seu mesmo funcionamento, baixa curva de aprendizagem, muita capilaridade (base instalada gigantesca) e um forte ecossistema de negócios (plugins, temas, agências, usuários).

No core, algumas boas features vindo aí / outras já rodando, como o Block Editor, a possibilidade e scaffolding “create-block package for block scaffolding” dentre outros recursos… Mas que ainda demandam todo o instalador do WordPress rodando o que, pra demanda deste blog, não se mostrou necessária, dado que por ora, a demanda é bem simples: colocar conteúdo texto no ar, em uma ferramenta bem rápida e bem leve.

Bebendo Água de Hidrante

Costumo dizer que estar 100% na curva das novidades tecnológicas é como beber água de hidrante: “Você não vai matar a sua sede, vai perder alguns dentes e, de quebra, arranjar uma dor de cabeça com os órgãos públicos”. Hoje temos um termo pra isso: FOMO – Fear of Missing Out ou Medo de Estar “Por Fora”…

Você não precisa (nem vai conseguir) saber tudo de todas as tecnologias, mas é muito interessante que mantenha seu radar ligado para as tecnologias de base que vão emergindo e ganhando terreno… Fazer sites há 15 anos atrás era html, css, js, um framework/cms e FTP, hoje falamos de html, css, js, terminal, git, ssh, frameworks, isso para não colocar aqui as ferramentas de construção visual como Strikingly, wix e etc…

Hello, Ghost!

Optei pelo Ghost.

Por que?

Porque ele tem todo o basicão necessário para um bom blog, é leve, rápido, simples, em uma stack madura e com instalação bem simples na Amazon.

E subir a ferramenta e começar a postar, sem muitos rodopios, com um resultado bom e leve.

Ah, e ele nasceu de um crowdfunding de sucesso no KickStarter.

5,236 pessoas levantaram £196,362 ajudando a dar vida ao projeto em 2013.

Aqui você conhece tudo sobre o Ghost.

Ah…

e o Resultado?

Se liga só noPage Speed test do Google…

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