Esse post nasceu em 2017, no meu evernote, a partir da reunião de algumas ideias e reflexões sobre a importância de uma plataforma que garanta entrega mais rápida de features para usuários internos e externos da organização, com menor stress do time de tecnologia. Fiz um “retrofit” no conteúdo e compartilho as ideias com vocês, amigos e leitores.
Já parou pra refletir que diversas empresas estão, cada vez mais, migrando suas entregas de valor para plataformas digitais? É o taxi que agora chega e é pago a partir de um pedido/contato por meio de um aplicativo, o seguro do carro que você orça pela internet, a pizza que você pede e paga pelo aplicativo, o check in da companhia aérea que você realiza a partir de uma selfie ou o “racha” do churrasco entre os amigos que é feito sem a necessidade de docs em bancos tradicionais?
Um tema em alta, que não sairá de pauta tão cedo: Transformação Digital.
O Mundo dos negócios está vivendo uma grande transformação, pautada em tecnologia e mudança de comportamentos, que faz negócios repensarem completamente sua atuação e posicionamento, colocando, inclusive, em cheque a existência do negócio no curto prazo.
Cezar Taurion, em seu post neste link pontua:
Considero aqui no post que a transformação digital é o contexto da empresa se posicionar como um “negócio digital”. Um “negócio digital” cria valor e receita de seus ativos digitais. Vai além de automatizar processos, pois alcança transformação de processos, modelos de negócio e mesmo experiência dos seus clientes pela exploração intensa da tecnologia digital. Implica o uso da tecnologia para substituir átomos (mundo físico) por bits (mundo digital), transformando itens físicos em bits. Na prática isto significa que os produtos embutem cada vez mais tecnologia, proporcionando a criação de novos modelos de negócio e novas maneiras de interação e engajamento com seus funcionários e clientes.
Basta ver notícias como esta, do Conjur, que pondera que dentro de dez anos, praticamente todos os serviços jurídicos executados hoje por advogados de primeiro ano de prática e por paralegais (ou auxiliares jurídicos) serão executados por robôs, ou esta, do Startupi, que apresenta a solução Contabilizei como alternativa para substituir o contador convencional em formato B2B.
Estamos vivendo a transformação de modelos de negócio, fortemente respaldada por mudanças tecnológicas e de processos, sem falar nas questões de habilidades pessoas e comportamentais humanas. (Mais céticos dirão que não há nada de novo na tríplice 1-Pessoas, 2-Tecnologia e 3-Processos)
Tecnologia da Informação nas Organizações
Ao falarmos de tecnologia nas organizações, certamente faremos interface com a área de tecnologia da informação. A área responsável por planejar, integrar, desenvolver, renovar e gerenciar a infra estrutura, inter-conexões e sistemas de dados da organização. Plataformas digitais como aplicativos, sites, blogs, intranets e etc… na grande maioria das organizações estão sob responsabilidade da área de TI – Tecnologia da Informação.
Organizações mais modernas têm gerado mais valor trabalhando abordagens mais inovadoras em se tratando de divisão de gerências e setores, trazendo uma abordagem mais integrada e multidisciplinar por meio de times focados em resultados (squads), mas isso é papo para outro post…
Demanda Crescente
A demanda crescente por tecnologia tem colocado o setor de tecnologia da informação das empresas, cada vez mais, em posição estratégica dentro das organizações.
O papel do gerente de TI, de um profissional responsável pela saúde dos sistemas/softwares da empresa se transforma, bem como sua responsabilidade e abordagem: Gerente de Tecnologia da Informação, Chief Infrastucture Officer, Chief Digital Officer, Chief Data Officer…
Um cargo com novos nomes, novas responsabilidades, novo papel: Ganha destaque o gerente de tecnologia que consegue, além da tecnologia, dominar a área de negócios (processos de negócio da área fim da corporação) e estratégia de negócios. Mais do que dominar o universo da tecnologia, é preciso dominar o universo da tecnologia aplicada ao negócio em que se atua.
Tecnologia, Transformação e Ambiente Corporativo
O desafio está posto: Entregar soluções tecnológicas disruptivas e apaixonantes para um público cada vez mais exigente. Veja… Não apenas clientes demandam novas soluções tecnológicas. Colaboradores e parceiros também. Novas ferramentas de trabalho, colaborativas, integráveis, em nuvem, conectáveis a qualquer dispositivo… Como alinhar o entendimento do negócio com a maturidade de plataformas digitais?
Como atender a demanda crescente por soluções e sistemas?
Sabemos que a tecnologia de ponta, sozinha, sem entendimento e integração com processos de negócio dificilmente (para não dizer nunca…) geram soluções transformadoras.
É quase consenso entre profissionais de TIC que tecnologia por si só, sem capacitação, sem compreensão do processo de negócio não gera resultados… Lembremos quantos projetos magníficos (no discurso) você viu falhar porque o debate tecnológico veio antes do debate de negócio?
Ferramentas Self Service e Low Code
O modelo tradicional de entrega de ferramentas online, web e/ou mobile, propõe um fluxo processual que sempre culmina em uma requisição de desenvolvimento de sistema ou solução. Se considerarmos um ambiente produtivo e criativo, rico em demandas, com diversos setores modelando soluções tecnológicas à luz da transformação digital, estamos falando de uma organização com demandas infinitas para o departamento de tecnologia da informação.
No modelo tradicional, estamos falando de um CIO demandando cada vez mais recursos de desenvolvimento como desenvolvedores ou fábrica de software: A área de negócios, ao demandar uma solução resultará em uma nova demanda para o departamento de tecnologia. É como se toda vez que você precisasse de uma nova apresentação de power point você precisasse envolver um setor da empresa ao invés de, você mesmo, conseguir produzir uma apresentação.
Com mais concorrência de projetos na prancheta, essa conta, no modelo tradicional de entregas, uma hora para de fechar.
Dinamização da Entrega
A transformação digital impõe que departamento de tecnologia das organizações se dinamizem e passem a trabalhar com processos mais eficientes e plataformas mais produtivas, que entregam mais funcionalidades em menor espaço de tempo.
Plataformas como BPMs (Business Process Management Suites) e RAD (Rapid Application Delivery), também conhecidas como Low Code (Baixo Código), mais visuais, passam a ser parceiros estratégicos dos setores de tecnologia da informação e colocam o modelo tradicional e, diríamos, artesanal, de desenvolvimento de aplicativos a ser repensado.
Por que desenvolver software do zero, com frameworks básicos tendo plataformas produtivas e de alto nível que permitem que a área de negócio pense e entregue soluções, com requisitos atendidos?
Empresas que querem sucesso em ambientes digitais precisam investir em pessoas e plataformas de transição digital. Tecnologias integradoras de tecnologias que permitem entrega de soluções digitais integradas com outras plataformas da organização, com segurança de identidade, de forma mais rápida, barata e eficiente, pelas mãos de pessoas capacitadas, não necessariamente na área de tecnologia.
Uma plataforma que permite que soluções nasçam dentro da área de negócio, longe da TI, mas nem por isso, longe das boas práticas de segurança e governança. É um modelo de governança em que a organização amplifica o processo transformacional: A medida que organizações investem em plataformas inteligentes e integradas, que habilitam o modo “transformação digital”, a transformação passa a nascer de forma distribuída, mas não desconectada com o núcleo orquestrados de tecnologia.
Já pensou que fantástico se você, sem demandar a ti, pudesse entregar um novo aplicativo mobile para a organização? Já pensou esse fenômeno sendo orquestrado por todos os seus pares, não necessariamente especialistas em TI?
É inovar ou morrer.
Em um cenário cada vez mais complexo, toda a organização precisa estar aberta à mudança. A TI não pode ficar de fora: A busca por novas soluções deve ser incansável e os líderes amigáveis às novas rotinas e tecnologias. Aquele que se colocar na zona de conforto terá problemas para se manter no mercado. É viver para crer.